Qual a importância do CBD na D.A ?
O cannabidiol (CBD), um dos principais compostos não psicoativos da Cannabis sativa, vem ganhando destaque na pesquisa científica como uma potencial abordagem terapêutica na Doença de Alzheimer (DA). A descoberta de seus efeitos benéficos nesse contexto está associada ao aprofundamento dos estudos sobre o sistema endocanabinoide, um complexo sistema de sinalização neuromoduladora envolvido na regulação da memória, neuroinflamação e homeostase neuronal. Alterações nesse sistema têm sido observadas em cérebros de pacientes com Alzheimer, sugerindo que a modulação endocanabinoide pode influenciar a progressão da doença.
Os primeiros estudos experimentais sobre o uso do CBD no Alzheimer surgiram no início dos anos 2000. Em 2004, pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid demonstraram que o CBD reduzia a neurotoxicidade induzida pela proteína β-amiloide em culturas neuronais, protegendo as células contra a morte celular programada. Posteriormente, Iuvone e colaboradores observaram que o CBD inibia a liberação de citocinas inflamatórias, como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e a interleucina-1 beta (IL-1β), além de aumentar a viabilidade neuronal. Esses achados iniciais indicaram um potencial efeito neuroprotetor e anti-inflamatório, abrindo caminho para pesquisas mais aprofundadas.
Do ponto de vista comportamental, o CBD também demonstrou benefícios significativos. Em estudos com animais transgênicos com Alzheimer, o uso do cannabidiol reverteu déficits cognitivos e melhorou a performance em tarefas de memória, além de reduzir comportamentos de ansiedade e agitação. Esses efeitos parecem estar relacionados à modulação de receptores serotoninérgicos e adenosinérgicos, além dos receptores canabinoides CB1 e CB2, mostrando que o CBD atua de maneira multialvo, diferente de fármacos convencionais que se concentram em um único mecanismo.
Mais recentemente, estudos translacionais e observacionais em humanos têm apontado resultados promissores, embora ainda iniciais. Pesquisas indicam que o CBD pode melhorar sintomas neuropsiquiátricos associados ao Alzheimer, como agitação, agressividade e distúrbios do sono. Além disso, há evidências de que o composto aumenta a expressão de proteínas envolvidas na degradação do β-amiloide e melhora a função mitocondrial, mecanismos diretamente associados à proteção neuronal e à redução da inflamação cerebral. No entanto, apesar dos resultados encorajadores, ainda não existem ensaios clínicos amplos, controlados e de longo prazo que confirmem sua eficácia e segurança em humanos.
Assim, o conjunto das evidências científicas atuais sugere que o cannabidiol exerce efeitos neuroprotetores, anti-inflamatórios e antioxidantes capazes de interferir nos principais processos patológicos da Doença de Alzheimer. O CBD não é considerado uma cura, mas um agente potencialmente modulador da progressão da doença e dos sintomas associados, representando uma alternativa promissora para terapias futuras combinadas. A continuidade das pesquisas clínicas será essencial para determinar as doses ideais, formas de administração e segurança a longo prazo, consolidando o papel do CBD como ferramenta terapêutica na neurodegeneração.
O cannabidiol (CBD) é um composto não psicoativo da Cannabis sativa que tem mostrado grande potencial terapêutico em diversas condições, especialmente em doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Ele atua modulando o sistema endocanabinoide, reduzindo inflamações, estresse oxidativo e melhorando a comunicação entre neurônios. Estudos recentes indicam que o CBD pode aliviar sintomas de ansiedade, insônia, epilepsia e dor crônica, promovendo melhora da cognição, do humor e da qualidade de vida. Dessa forma, o uso clínico do CBD representa uma mudança significativa no cuidado à saúde, oferecendo uma alternativa natural, segura e eficaz.
O CBD tem transformado a vida de pessoas que sofrem com ansiedade, dor e distúrbios do sono, oferecendo alívio e equilíbrio de forma natural. Sua ação no sistema endocanabinoide ajuda o corpo a restaurar a homeostase, reduzindo o estresse e favorecendo o bem-estar físico e emocional. Mais do que tratar sintomas, o CBD proporciona qualidade de vida, clareza mental e tranquilidade, sendo visto como uma ferramenta de reconexão entre corpo e mente em meio à rotina acelerada. Através dele, foi possível ter uma melhora significativa em questões cotidianas, ajudando até mesmo em uma maior disposição para fazer atividades durante o dia.
Referências:
< “ASSESSING CANNABIDIOL AS A THERAPEUTIC AGENT FOR PREVENTING AND ALLEVIATING ALZHEIMER’S DISEASE NEURODEGENERATION.” Cells, 2023.
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