Descobertas do mês de Fevereiro
Publicações científicas da Alzheon sobre Valiltramiprosate (ALZ-801) – 25 de fevereiro de 2025
Investigação detalhada sobre a droga oral para Alzheimer precoce e discussão sobre desafios das imunoterapias.
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Detalhes do estudo
Em 25 de fevereiro de 2025, a Alzheon anunciou a publicação de dois novos artigos científicos revisados por pares, destacando avanços no entendimento da Doença de Alzheimer e a necessidade de novos tratamentos:
“Challenges in Implementation of New Immunotherapies for Alzheimer’s Disease”, publicado no Journal of Prevention of Alzheimer’s Disease, coautorado por Martin Tolar, MD, PhD, fundador da Alzheon. O artigo discute os desafios na implementação de novas imunoterapias para Alzheimer e a necessidade de agentes orais com melhor segurança, eficácia e acesso.
“Phase 2 Clinical Pharmacokinetics of Valiltramiprosate”, publicado na Clinical Pharmacokinetics. Este estudo resume o perfil farmacocinético do valiltramiprosate em portadores do gene apolipoproteína E4 (APOE4) em um ensaio clínico de fase 2 para Alzheimer precoce.
A necessidade de terapias orais eficazes e seguras para o tratamento de Alzheimer, especialmente para pacientes com o genótipo APOE4/4, que são mais vulneráveis à doença.
O perfil farmacocinético favorável do valiltramiprosate, que pode facilitar sua adoção clínica em larga escala.
As publicações reforçam o compromisso da Alzheon em desenvolver tratamentos inovadores para Alzheimer, destacando o valiltramiprosate como uma potencial terapia modificadora da doença que pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Colesterol e risco de demência – 19 de fevereiro de 2025
Estudo relaciona variações nos níveis de colesterol com aumento do risco de Alzheimer/demência em idosos.
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Detalhes do estudo
Publicado em 19 de fevereiro de 2025, o estudo acompanhou 9 846 adultos (média de 74 anos), com medições anuais de colesterol total e LDL em até quatro anos, sem alterações no uso de estatinas durante o estudo.
Adultos mais velhos com flutuações acentuadas nos níveis de colesterol total ou LDL apresentaram risco 60% maior de demência e 23–48% maior risco de comprometimento cognitivo leve em comparação aos que apresentaram níveis estáveis, mesmo após ajuste para outros fatores.
O aumento da variabilidade colesterol‑LDL foi especificamente correlacionado ao declínio cognitivo, enquanto HDL e triglicerídeos não mostraram associação significativa.
As variações anuais no colesterol podem ser um novo biomarcador de risco de demência, oferecendo informações preditivas além de uma única medição. Recomenda-se monitorar regularmente o colesterol em idosos e manter intervenções (estilo de vida, dieta, estatinas) para minimizar flutuações e potencialmente reduzir o risco cognitivo.
Atividades Sociais podem ajudar a manter o cérebro jovem – 19 de fevereiro de 2025
Estudo feito com idosos sendo avaliadas diversas atividades sociais para analisar a resposta do cérebro.
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Detalhes do estudo
Publicado em 19 de fevereiro de 2025, o estudo acompanhou 1.923 idosos com idade média de 80 anos, sem Alzheimer ou comprometimento de memória, por quase sete anos. Foram avaliadas seis atividades sociais diferentes, como sair para restaurantes, voluntariado, visitas a amigos e eventos comunitários.
Participantes com maior envolvimento social apresentaram 38% menos risco de desenvolver demência e 21% menos risco de comprometimento cognitivo leve, em comparação aos menos ativos.
Aqueles com menor engajamento social desenvolveram demência cerca de 5 anos antes (aos 87 anos), enquanto os mais ativos começaram por volta dos 92 anos. A atividade social também foi associada a aumento de 3 anos na longevidade e economia de aproximadamente US$ 500.000 em custos de cuidado de longo prazo por pessoa .
Envolver-se regularmente em interações sociais fortalece redes neurais, protegendo o cérebro contra os danos típicos do Alzheimer.
Boa evidência sugere que manter uma vida social ativa pode atrasar a demência, reduzir custos e prolongar a saúde cognitiva na terceira idade.
Biomarcadores para diagnóstico precoce do Alzheimer identificados – 11 de fevereiro de 2025
Novos biomarcadores no fluido cerebrospinal indicam agregados de tau antes dos sinais típicos da doença.
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Detalhes do estudo
Objetivo: Identificar biomarcadores sanguíneos associados a agregados solúveis de tau (STAs), que podem melhorar a detecção precoce da Doença de Alzheimer.
Métodos: Análise de amostras de sangue de indivíduos com Alzheimer e controles saudáveis, utilizando técnicas avançadas de proteômica.
Achados principais: Identificação das formas fosforiladas de tau nas posições serina-262 e serina-356 como biomarcadores promissores para a doença.
Detecção precoce: Esses biomarcadores podem identificar alterações patológicas antes do aparecimento de sintomas clínicos, permitindo intervenções mais precoces.
Método não invasivo: A utilização de amostras de sangue facilita o acesso e a repetição dos testes, comparado a métodos invasivos como a punção lombar.
Potencial terapêutico: A identificação precoce pode auxiliar na avaliação da eficácia de terapias em desenvolvimento.
O estudo destaca a importância dos biomarcadores sanguíneos na detecção precoce da Doença de Alzheimer, oferecendo uma abordagem mais acessível e menos invasiva para o diagnóstico. A identificação das formas fosforiladas de tau nas posições serina-262 e serina-356 representa um avanço significativo na compreensão da patologia da doença.
Teste de biomarcador detecta tau patológico em estágio inicial – 10 de fevereiro de 2025
Teste desenvolvido na Universidade de Pittsburgh permite identificar estágios muito iniciais do Alzheimer com alta precisão.
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Detalhes do estudo
Objetivo: Desenvolver um teste biomarcador para detectar formas patológicas da proteína tau antes da formação de emaranhados neurofibrilares no cérebro.
Métodos: Identificação de uma região central da proteína tau, chamada tau_{258-368}, e detecção de dois novos locais de fosforilação (p-tau-262 e p-tau-356) em amostras de fluido cerebrospinal.
Resultados: O teste mostrou correlação com a gravidade do declínio cognitivo, independentemente da presença de depósitos de amiloide.
Detecção precoce: O teste pode identificar alterações patológicas da tau até uma década antes da formação de emaranhados, permitindo intervenções terapêuticas mais eficazes.
Diagnóstico não invasivo: Utilizando amostras de fluido cerebrospinal, o teste oferece uma alternativa menos invasiva em comparação com exames de imagem cerebral.
Independência da amiloide: A capacidade de avaliar a patologia da tau independentemente da presença de amiloide amplia as possibilidades de diagnóstico em diversos estágios da doença.
A pesquisa destaca a importância da detecção precoce das alterações patológicas da tau na Doença de Alzheimer, oferecendo uma ferramenta potencial para diagnóstico e intervenção antes da manifestação clínica significativa.
Casos de demência podem duplicar até 2060 – 05 de fevereiro de 2025
Estudo mostra que número de casos de Alzheimer pode aumentar até 1 milhão.
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Detalhes do estudo
Publicado em 5 de fevereiro de 2025, o estudo utilizou dados da coorte Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC-NCS), acompanhando cerca de 15 000 adultos para projetar o aumento de casos de demência nos EUA até 2060.
As projeções indicam que os novos casos anuais de demência dobrarão, passando de aproximadamente 514 000 em 2020 para 1 000 000 por ano em 2060, impulsionados pelo envelhecimento populacional e fatores como genética (APOE‑ε4), hipertensão, diabetes, obesidade e saúde mental. A cada pessoa que chega aos 55 anos, há 42% de risco vitalício de desenvolver demência (48% nas mulheres e 35% nos homens), e para quem chega aos 75 anos, esse risco ultrapassa 50%.
O estudo alerta para um aumento dramático na carga da demência, com cerca de 1 em cada 2 adultos acima de 55 anos podendo ser afetados ao longo da vida. Destaca a necessidade urgente de estratégias de prevenção, voltadas a fatores cardiovasculares, controle da diabetes, promoção da saúde mental e equidade, para conter o impacto futuro da demência
Por quanto tempo a pessoa pode viver com Alzheimer – 05 de fevereiro de 2025
Estudo analisa em média quanto tempo alguém consegue viver com a Doença de Alzheimer.
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Detalhes do estudo
Publicado em 5 de fevereiro de 2025, o artigo analisou 261 estudos com mais de 5 milhões de participantes (idade média de 79 anos) sobre sobrevida após o diagnóstico de demência, em publicações entre 1984 e 2024.
A sobrevida média varia conforme a idade no diagnóstico e sexo:
Homens diagnosticados aos 60 viviam em média 6,5 anos, aos 65 ~5,7 anos, e aos 85 ~2,2 anos.
Mulheres diagnosticadas aos 60 viviam em média 8,9 anos, aos 65 ~8 anos, e aos 85 ~4,5 anos.
Cerca de um terço dos pacientes foi admitido em lares de longa permanência dentro de 3 anos; 13% no primeiro ano, 35% em 3 anos e 57% em 5 anos. A maior parte da última fase de vida ocorre em instituições. Um diagnóstico aos 65 reduz em média 13 anos a expectativa de vida; diagnosticados aos 80 perdem cerca de 3–4 anos, e aos 85, cerca de 2 anos.
A sobrevida após um diagnóstico de Alzheimer varia entre 2 e 9 anos, com diferenças acentuadas entre homens e mulheres e conforme a idade.
Quem é diagnosticado mais jovem tende a viver mais tempo, mas perde mais anos de vida comparado à população geral da mesma faixa etária.
Os dados podem ajudar famílias e equipes médicas a planejar cuidados de longo prazo, considerando a probabilidade de institucionalização e duração esperada do tratamento.