Descobertas do mês de Novembro
Gantenerumab reduz risco em portadores de mutação genética – 01 de julho de 2025
Demonstração de ~50% no risco de demência em portadores com mutações genéticas.
➤https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/40120616/
Detalhes do estudo
O estudo foi uma extensão aberta (open-label extension) de longo prazo da fase 2/3 DIAN‑TU, testando gantenerumab em pacientes com doença de Alzheimer de início precoce e causador genético (DIAD). Participaram 55 indivíduos (mITT), incluindo tanto pacientes com sintomas como assintomáticos, tratados com gantenerumab por até 4 anos, com acompanhamento de marcadores de cognição, PET‑PiB e biomarcadores no líquor .
A extensão demonstrou redução significativa no acúmulo de placas de amilóide no cérebro, conforme avaliação por PET‑PiB (centiloids) em comparação com o início da extensão . Biomarcadores no líquor melhoraram: aumento no Aβ42/40, redução nos níveis de tau total, tau fosforilado (p‑tau181) e neurofilamento leve (NfL), indicando impacto na neurodegeneração.
Pacientes assintomáticos mantiveram-se estáveis ou apresentaram melhora leve em testes cognitivos ao longo dos 4 anos, possivelmente devido a efeitos de familiaridade com os testes. Pacientes sintomáticos ou que converteram continuaram a declinar cognitivamente, conforme esperado. Autópsias mostraram menor acúmulo de amilóide em várias regiões cerebrais (frontal, temporal, parietal e etc) em relação aos controles, confirmando os achados por PET e líquor. O gantenerumab, em alta dose por longo prazo (até 4 anos), remove placas de amilóide e melhora biomarcadores de tau e neurodegeneração em portadores da forma hereditária do Alzheimer. Os efeitos cognitivos permanecem claros em indivíduos assintomáticos, sugerindo um potencial benefício preventivo. Estes resultados fornecem evidência de que a terapia anti-amilóide pode modificar o curso biológico da doença em populações de alto risco e auxiliar na prevenção do Alzheimer sintomático.