Descobertas do mês de Junho
Sobreviventes de câncer de mama têm risco menor de Alzheimer – 30 de junho de 2025
Estudo revela ~8% menor risco de Alzheimer em sobreviventes.
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Detalhes do estudo
Pesquisadores da Seoul National University (Coreia do Sul) realizaram um estudo retrospectivo utilizando dados do Korean National Health Insurance Service. Foram incluídas 70.701 mulheres que passaram por cirurgia de câncer de mama entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2016, com acompanhamento médio de 7,3 anos. Comparadas a um grupo controle — três vezes maior e sem câncer —, as pacientes com histórico de câncer de mama tiveram menor incidência de Alzheimer: 1.229 casos (2,45 por 1.000 pessoas-ano), frente a 3.430 casos nos controles (2,63 por 1.000 pessoas-ano). O risco reduzido foi quantificado com um subdistribution hazard ratio (sHR) de 0,92. Em mulheres com 65 anos ou mais, o risco também foi 8% menor (sHR = 0,92). No entanto, esse efeito protetor não persistiu após os cinco anos de sobrevida. A radioterapia foi o único tratamento associado a uma redução significativa do risco de Alzheimer entre as sobreviventes (hazard ratio ajustado = 0,77).
Esses dados sugerem que pacientes que sobreviveram ao câncer de mama têm um risco ligeiramente menor de desenvolver Alzheimer (≈ 8%), especialmente nos primeiros cinco anos após o tratamento. A associação foi independente de fatores como idade, diabetes, hipertensão, tabagismo, índice de massa corporal e outras comorbidades . Especificamente, a radioterapia mostrou-se potencialmente protetora, indicando que certos tratamentos oncológicos podem influenciar positivamente o risco cognitivo . Ainda assim, os autores alertam que mais estudos são necessários para entender a duração e os mecanismos desses efeitos, que podem estar ligados a processos inflamatórios, resposta imune ou alterações neurobiológicas induzidas pelos tratamentos.
Sobreviventes do câncer de mama apresentam um risco levemente reduzido de Alzheimer, especialmente nos primeiros cinco anos, com maior benefício observado em quem realizou radioterapia. Apesar da redução modesta, os resultados podem oferecer certa tranquilidade às pacientes e abrir novas linhas de investigação sobre os efeitos dos tratamentos oncológicos no sistema nervoso. No entanto, como o efeito protetor não se sustenta a longo prazo, é crucial continuar monitorando a saúde cognitiva dessas pacientes e aprofundar os estudos sobre o impacto a longo prazo dos tratamentos.
FDA aprova primeiro teste sanguíneo para diagnóstico precoce de Alzheimer – 30 de junho de 2025
Aprovação histórica do primeiro teste sanguíneo para Alzheimer.
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Detalhes do estudo
Pesquisadores da Universidade de Lund (Suécia) e da Universidade de Washington (EUA) desenvolveram um teste sanguíneo capaz de detectar Alzheimer e avaliar sua progressão. O estudo envolveu 902 participantes e identificou fragmentos da proteína tau, especificamente o eMTBR‑tau243, no sangue. Os níveis dessa proteína estavam elevados em pacientes com Alzheimer, especialmente em estágios iniciais e moderados, e não em indivíduos com outras condições neurológicas. Além disso, outro estudo revelou que a razão entre as proteínas YWHAG e NPTX2 no fluido cerebroespinhal está associada ao grau de comprometimento cognitivo e pode prever a progressão da doença. Esses biomarcadores oferecem uma alternativa menos invasiva e mais acessível aos métodos tradicionais de diagnóstico, como a punção lombar e o PET scan.
A detecção precoce do Alzheimer é crucial para a eficácia de tratamentos, como os anticorpos anti-amiloide donanemab e lecanemab, que demonstraram retardar a progressão da doença em estágios iniciais. O teste sanguíneo com eMTBR‑tau243 pode ajudar a identificar pacientes em fases iniciais, permitindo a seleção adequada de terapias. Além disso, a razão YWHAG:NPTX2 pode auxiliar na previsão da progressão da doença, facilitando o monitoramento e a personalização do tratamento. Esses avanços podem acelerar a inscrição de pacientes em ensaios clínicos, reduzindo o tempo de recrutamento e aumentando a eficiência das pesquisas.
O desenvolvimento desses biomarcadores representa um avanço significativo no diagnóstico e monitoramento do Alzheimer. Embora o teste sanguíneo com eMTBR‑tau243 ainda exija métodos laboratoriais especializados, ele oferece uma alternativa promissora aos métodos tradicionais, com potencial para ser amplamente utilizado no futuro. A combinação desses biomarcadores pode transformar a abordagem clínica do Alzheimer, permitindo intervenções mais precoces e tratamentos mais eficazes, além de acelerar o progresso na pesquisa de novos medicamentos.
The economic burden of subjective cognitive decline, mild cognitive impairment and Alzheimer’s dementia – 26 de junho de 2025
Analisa custos diretos e fatores de risco clínicos comprometendo sistemas de saúde.
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Detalhes do estudo
O estudo “The economic burden of subjective cognitive decline, mild cognitive impairment and Alzheimer's dementia: excess costs and associated clinical and risk factors”, publicado em 26 de junho de 2025, avaliou os custos econômicos em diferentes estágios do continuum da doença de Alzheimer (declínio cognitivo subjetivo – SCD; comprometimento cognitivo leve – MCI; e demência por AD), comparando-os com controles saudáveis, utilizando dados da coorte DELCODE na Alemanha.
Os custos já estavam elevados nos estágios iniciais:
SCD: +26 % para o sistema de saúde (€ 5 976 vs € 4 754) e +52 % sob perspectiva societal (€ 8 377 vs € 5 522).
MCI: +85 % (€ 8 795) e +170 % (€ 14 886).
AD demência: +36 % (€ 6 454) e +307 % (€ 22 481).
O principal motor dos custos foi o cuidado informal (por familiares/cuidador), presente já em SCD e intensificado em estágios posteriores. Fatores como hipertensão, perda de visão, diabetes, isolamento social e presença do alelo APOE e4 ou status negativo para Aβ foram associados a maiores custos.
O estudo evidencia que os custos clínicos e sociais aumentam significativamente desde estágios iniciais do AD. Isso reforça a necessidade de intervenções precoces (prevenção, diagnóstico precoce, suporte a cuidadores) e de inclusão de estágios preclínicos nos modelos econômicos e de saúde pública para Alzheimer. Políticas mais direcionadas podem ajudar a mitigar o impacto financeiro crescente sobre pacientes, famílias e sistemas de saúde.
Bill Gates fala sobre próximos passos no combate ao Alzheimer – 20 de junho de 2025
Enfatiza a importância de testes precoces e terapias emergentes.
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Detalhes do estudo
Em um texto publicado no blog GatesNotes em 17 de junho de 2025, Bill Gates, de 69 anos, refletiu sobre a perda de seu pai, Bill Gates Sr., em 2020 após lutar contra o Alzheimer. Ele visitou o Indiana University School of Medicine em 2024, onde pôde observar laboratórios de biomarcadores e novas máquinas automatizadas para diagnósticos. Entre os avanços destacados estão os testes sanguíneos que medem a proporção de placas de amiloide no cérebro, marcadores promissores da doença. Esses testes identificam sinais do Alzheimer de 15 a 20 anos antes do surgimento dos sintomas clínicos .
Até recentemente, o diagnóstico exigia PET-scan ou punção lombar, procedimentos caros e invasivos, realizados apenas após surgimento de sintomas . Os testes de sangue oferecem uma alternativa prática, de baixo custo e facilmente acessível, com potencial para permitir rastreamento de rotina e identificação precoce da doença . Além disso, dois novos medicamentos, Lecanemab (Leqembi) e Donanemab (Kisunla), foram aprovados pela FDA e demonstraram desaceleração modesta na progressão do Alzheimer. Gates enfatizou que esses tratamentos têm maior impacto quando associados a um diagnóstico precoce. Ele também destacou que os testes de sangue podem acelerar a inscrição de pacientes em estudos clínicos, reduzindo o tempo de recrutamento de até três anos para menos de um.
Bill Gates conclui que presenciamos um momento promissor no combate ao Alzheimer, um cenário onde o diagnóstico já não é "sentença de morte", como há cinco anos. Apesar da necessidade de mais pesquisas, especialmente para entender melhor a doença, criar diagnósticos mais eficazes e garantir financiamento público, ele se sente animado com o progresso recente . Gates enfatiza que cortar investimentos agora seria um erro estratégico, pois a colaboração global e dados compartilhados estão acelerando o desenvolvimento de novos tratamentos . Para ele, “estamos mais perto do que nunca de um mundo onde ninguém precise ver um ente querido sofrer com esta terrível doença”.
Lumipulse pode acelerar ensaios clínicos e triagem precoce (Boston University) – 16 de junho de 2025
Discussão sobre o impacto do teste Lumipulse no avanço da pesquisa e triagem.
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Detalhes do estudo
Pesquisadores da Boston University, incluindo a professora Wendy Qiu, desenvolveram o teste Lumipulse, aprovado pela FDA, que mede no plasma sanguíneo os níveis das proteínas p‑tau217 e beta-amiloide 42. A razão entre essas proteínas correlaciona-se com a presença de placas de amiloide no cérebro, características do Alzheimer. O teste foi validado em estudos nacionais de longo prazo, como o Health Outreach Program for the Elderly (HOPE), com mais de 400 participantes. Ele oferece uma alternativa mais acessível e menos invasiva aos métodos tradicionais, como a punção lombar e o PET scan.
O Lumipulse pode ser incorporado à triagem clínica de rotina, facilitando a diferenciação entre Alzheimer e outras demências. Além disso, ele pode acelerar a inscrição de pacientes em ensaios clínicos, reduzindo o tempo de recrutamento e aumentando a eficiência das pesquisas. A professora Qiu destaca que o teste é mais barato, eficaz e mais aceitável para os pacientes, representando um avanço significativo no diagnóstico da doença.
O teste Lumipulse representa um avanço significativo no diagnóstico do Alzheimer, permitindo a detecção precoce da doença de forma mais acessível e menos invasiva. Ele pode transformar a abordagem clínica do Alzheimer, permitindo intervenções mais precoces e tratamentos mais eficazes, além de acelerar o progresso na pesquisa de novos medicamentos.
Informações sobre o novo teste sanguíneo para diagnóstico de Alzheimer (Yale Medicine) – 10 de junho de 2025
Resumo clínico do teste e seu uso na prática médica.
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Detalhes do estudo
O artigo da Yale Medicine apresenta o teste Lumipulse, aprovado pela FDA em 2025, que mede proteínas específicas no sangue para diagnóstico precoce do Alzheimer. Desenvolvido por pesquisadores incluindo o Dr. Sayed Azizi, o teste avalia os níveis plasmáticos de p‑tau217 e beta-amiloide 1-42, cuja proporção está altamente correlacionada com a presença de placas amiloides no cérebro. Estudos clínicos mostram que o Lumipulse possui alta sensibilidade e especificidade, com 92% de concordância em resultados positivos e 97% em negativos comparados a PET scan e punção lombar. A Yale Medicine enfatiza o rigor da validação em múltiplos centros, reforçando sua confiabilidade e potencial para uso clínico em larga escala.
Além de ser menos invasivo que métodos tradicionais, o Lumipulse se destaca por sua aplicabilidade em ambientes clínicos rotineiros, podendo facilitar a detecção precoce do Alzheimer em pacientes ainda assintomáticos ou com sintomas leves. A Yale destaca que o teste pode transformar a abordagem diagnóstica, reduzindo barreiras de acesso e custos associados. Outro ponto ressaltado é o impacto no recrutamento para ensaios clínicos, permitindo identificação rápida e precisa de candidatos elegíveis, o que acelera pesquisas e o desenvolvimento de novos tratamentos.
A Yale Medicine considera o Lumipulse um avanço revolucionário no diagnóstico do Alzheimer, que pode permitir intervenções terapêuticas mais precoces e personalizadas. O artigo destaca que essa tecnologia pode reduzir a dependência de exames invasivos e caros, democratizando o acesso ao diagnóstico e potencialmente melhorando o prognóstico dos pacientes ao permitir tratamentos iniciados antes da manifestação clínica grave. A expectativa é que o teste auxilie na transformação do cenário de cuidados com o Alzheimer nos próximos anos.
AP2A1 ativa Rab7 para transporte axonal e autofagia – 09 de junho de 2025
Descobre que o gene AP2A1 ativa a proteína Rab7, restaurando o fluxo de autofagia axonal, reduzindo a acumulação de amiloide e melhorando défices cognitivos em modelos animais.
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Detalhes do estudo
Pesquisadores avaliaram 108 pacientes com comprometimento cognitivo (69 ± 6,5 anos; 54,6 % mulheres) em uma clínica de memória que passaram por punção lombar. Utilizando um ensaio de imunoensaio por eletroquimiluminescência de alta sensibilidade, mediram níveis plasmáticos de p‑tau217, p‑tau181 e outros biomarcadores. Subdividiram os participantes em grupos com e sem patologia de amiloide (Aβ+) baseada nos resultados do líquor. O p‑tau217 plasmático foi mais de três vezes maior no grupo Aβ+ (12,4 vs 3,7 pg/mL; p < 0,001) e mostrou excelente desempenho diagnóstico: AUC de 0,91 (95 % CI 0,86–0,97) para identificar Aβ+, e AUC de 0,83 para patologia de tau.
O p‑tau217 no plasma apresentou performance superior ao p‑tau181 (AUC 0,91 vs 0,72; p < 0,001), confirmando ser um marcador mais sensível e específico. A aplicação de limiares duplos (sensibilidade e especificidade de 90–97,5 %) permitiu que até 58–93 % dos pacientes evitassem a punção lombar, reduzindo procedimentos invasivos. Correlações positivas foram observadas entre p‑tau217 e biomarcadores inflamatórios e neurodegenerativos (GFAP, t‑tau) em indivíduos Aβ+, mostrando que o teste pode captar múltiplas facetas da patologia.
Este estudo confirma que o ensaio plasmático de p‑tau217 é um biomarcador altamente preciso para detectar patologia de amiloide em pacientes com comprometimento cognitivo, com desempenho equivalente ou superior aos métodos convencionais (líquor/PET). Sua aplicação em clínicas de memória poderia reduzir drasticamente a necessidade de punções lombares, oferecendo um método mais seguro e escalável para diagnóstico precoce do Alzheimer. Ainda são necessários estudos multicêntricos e longitudinalidade para estabelecer diretrizes clínicas definitivas, mas os dados já indicam que p‑tau217 é, de modo promissor, o principal biomarcador sanguíneo para Alzheimer em contexto clínico .
Pesquisa da Indiana University contribui para aprovação do teste sanguíneo – 09 de junho de 2025
Contribuições científicas que ajudaram a viabilizar a aprovação do teste.
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Detalhes do estudo
Pesquisadores da Indiana University School of Medicine, liderados pelo Dr. Jeffrey Dage, desenvolveram um teste sanguíneo inovador para detectar placas de amiloide no cérebro associadas à doença de Alzheimer. O teste recebeu aprovação da FDA em 16 de maio de 2025 e é destinado a adultos com 55 anos ou mais que apresentem sinais e sintomas da doença. Ele mede a razão entre duas proteínas: tau fosforilada (p‑tau217) e beta-amiloide 1‑42, biomarcadores característicos do Alzheimer. Estudos clínicos demonstraram que o teste possui mais de 90% de precisão na identificação da doença, comparável a métodos tradicionais como PET scan e punção lombar.
O teste oferece uma alternativa menos invasiva e mais acessível aos métodos tradicionais de diagnóstico do Alzheimer. Ele pode ser realizado por meio de uma simples coleta de sangue, facilitando o acesso ao diagnóstico para um maior número de pacientes. Além disso, o teste pode acelerar a inscrição de pacientes em ensaios clínicos, permitindo uma participação mais ampla e eficiente em pesquisas para novos tratamentos.
O desenvolvimento deste teste sanguíneo representa um avanço significativo no diagnóstico da doença de Alzheimer. Ele permite uma identificação mais precoce e precisa da doença, possibilitando intervenções terapêuticas mais eficazes. Além disso, o teste pode contribuir para uma melhor compreensão dos fatores de risco e proteção associados ao Alzheimer e outras demências.
Teste sanguíneo detecta biomarcadores p-tau217 e Aβ42/40 (The Guardian) – 07 de junho de 2025
Estudo sobre teste que identifica Alzheimer em estágio inicial por biomarcadores no sangue.
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Detalhes do estudo
Pesquisa conduzida no Mayo Clinic (EUA) analisou mais de 500 pessoas em uma clínica de memória, medindo níveis plasmáticos de duas proteínas, beta‑amiloide 42/40 e p‑tau217. O teste apresentou alta sensibilidade (95%) e boa especificidade (82%) ao detectar sintomas iniciais de Alzheimer. Estudos anteriores já haviam validado marcadores como o eMTBR‑tau243, mas este reforça o uso prático em ambiente clínico.
O exame de sangue se mostrou tão eficaz quanto métodos invasivos como punção lombar ou PET scan, mas com muito mais conveniência e custo‑benefício . Ele pode ser realizado em clínicas de rotina, detectando Alzheimer em estágios precoces — ideal para iniciar tratamentos com eficácia comprovada nesse período, como donanemab e lecanemab. Além disso, facilita o recrutamento rápido de pacientes para pesquisas clínicas.
O teste representa um grande avanço: detecta “sintomas iniciais” de Alzheimer com 95% de acerto, usando apenas uma amostra de sangue. Ainda há questões a resolver, uma especificidade de 82% pode gerar diagnósticos errôneos em populações com baixo risco, mas é um passo crucial para tornar o rastreio mais acessível, menos invasivo e direcionado a intervenções precoces.
Notícia sobre diagnóstico com teste sanguíneo (Duke-UNC ADRC) – 04 de junho de 2025
Divulgação de pesquisa destacando avanços em diagnósticos não invasivos.
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Detalhes do estudo
O FDA aprovou recentemente um teste de sangue acessível para auxiliar no diagnóstico da doença de Alzheimer. A notícia é destacada pela Duke & UNC Alzheimer's Disease Research Center (ADRC); embora o artigo não detalhe os marcadores específicos, ele reforça a clareza de que se trata de um avanço significativo. A iniciativa faz parte das atividades contínuas do ADRC, que engloba colaboração entre Duke e UNC para acelerar o desenvolvimento de diagnósticos e tratamentos para demências.
Este teste representa uma alternativa eficiente aos métodos atuais, como punção lombar e PET, por ser menos invasivo, mais barato e acessível, podendo ser aplicado em rotinas clínicas amplas. Com a aprovação pelo FDA, há expectativa de que ele suporte o diagnóstico precoce de Alzheimer em adultos, potencialmente ampliando o acesso ao rastreamento e fortalecendo a base para ensaios clínicos e intervenções terapêuticas.
A aprovação federal do teste sanguíneo marca um avanço relevante na abordagem clínica do Alzheimer, oferecendo um método diagnóstico mais prático e econômico. Essa ferramenta pode transformar a forma como a doença é identificada e tratada, além de acelerar a participação de pacientes em estudos que visam prevenir e tratar a demência.
Potential role of Amyloid‑β on Orexin‑A and barreira hematoencefálica (BBB) – 02 de junho de 2025
Avalia como a Aβ modula a relação entre Orexin‑A e permeabilidade da BBB no globo pálido de pacientes com Alzheimer e demência com corpos de Lewy.
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Detalhes do estudo
Uma equipe liderada por Palmqvist e Hansson (Lund University) realizou uma análise com 1.422 participantes da coorte sueca BioFINDER-2 e 337 do Centro Knight ADRC (EUA), todos com comprometimento cognitivo leve ou demência leve. Eles mediram o percentual plasmático de p‑tau217 (tau fosforilado em posição 217) por espectrometria, comparando os resultados com testes de líquido cefalorraquidiano (Aβ42/40 e p‑tau181/Aβ42) validados e exames de PET para amiloide e tau. O teste de sangue demonstrou AUC de 0,95–0,97 para detecção de placas de amiloide e de 0,95–0,98 para depósitos de tau, mostrando desempenho equivalente ou superior aos métodos em líquor.
O uso do %p‑tau217 no plasma oferece uma alternativa menos invasiva e mais acessível que punção lombar ou PET scan, mantendo alta precisão diagnóstica (> 90%). Em indivíduos com comprometimento cognitivo, o teste alcançou 89–90% de acurácia para amiloidose e 87–88% para presença de tau, atingindo até 95% ao aplicar abordagens com dois limiares distintos . Estes resultados suportam a adoção desse teste em clínicas primárias e especializadas, com planos já em andamento para definir diretrizes de uso.
O estudo demonstra que a dosagem de %p‑tau217 no sangue rivaliza e em certos aspectos supera os exames convencionais em líquor, destacando seu valor clínico imediato. A aplicação deste teste poderia democratizar o diagnóstico do Alzheimer, aumentar o acesso a terapias modificadoras de doença e otimizar inscrições em ensaios clínicos. Embora ainda necessite de validação em populações mais diversas e definição de protocolos clínicos, o avanço representa um marco para a medicina personalizada no Alzheimer.